02 janeiro, 2006

nao consigo adormecer
sem o teu sorriso ver
mas tambem nao
consigo estar acordado
sem te ter bem ao meu lado.

E todo este paradoxo
que me corre nas arterias,
que habita em mim,
que me faz pensar em coisas serias
e desejar-te sem fim
é insuportavel,
pois faz parecer
tudo tao viavel,
tao amavel
que me faz estremecer!

Nao estou habituado a isto
a lidar com esta situaçao,
logo eu que brincava com a paixao,
que nunca tive qualquer frustraçao
(de amor),
começo agora a sentir
aquel mitico calor
que tanto se fala
em filmes e novelas,
das quais nunca
me fiei nelas...

Olho-me ao espelho
e pergunto-lhe quem ele é.
nao o conheço.
reduzo-me ao que a gente ve
ou serei mais complexo?
volto a olha-lo nos olhos
bem no seu interior,
esperando encontrar respostas
p'ra todo este meu ardor,
p'ra estas questoes a minha volta
que me deixam a alma solta,
livre p'ra voar
sem metar p'ra cruzar
nem atras necessitar de voltar..

toco com a minha mao
na deste desconhecido
que esta a minha frente,
sei que algures sou eu,
mas sinto-me tao diferente...
desvio o olhar p'ro chao
nao contendo mais emoçao
e vou cambaleando
algures entre uma e outra habitaçao
buscando uma soluçao
sem acreditar que haja remedio...

RRRGGG AI QUE TEDIO!
SO ME APETECE GRITAR,
RASGAR TODA ESTA ROUPA
E DELAS ME DESPEJAR!
COM OS OLHOS P'RA FORA D'ORBITA
QUASE A SALTAR,
BEM ALTO VOU PROCLAMAR:
"É HORA DE MUDAR!"

Mas nao dá...
A voz dissipou-se...
e o coraçao revoltou-se...
Já é altura de assumir
que aquilo que estou a sentir,
é amor...

1 comentário:

  1. Bem, foi sem duvida o poema que mais se identificou cmg! parabens pelo blog e pela maneira/simplicidade c/q escreves.
    Um beijinho da su.

    **

    ResponderEliminar